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28 de outubro de 2010

SONETOSS - III




III

 
Se escoava desdoada pelas vias
navegando seus sorrisos sedeixados
Tricotava resumida em cada canto
seus símplices extraviada de pudores

A vida pascentava-a sem empenhos
O pão e peças que mãos lhe abotoavam
abençoava-os seus olhos de criança
sem quebrar-se menor in/resumida

Do ontem - queria nada do trazido
amanhã - seriam sol as tão estrelas
ermando-a cochichos nas soleiras ?

Que gramática dotou-a esse sorriso
que gene plantou-a tão concisa
que precisa apenas-sendo ser feliz ?



Irineu Volpato

27 de outubro de 2010

SONETOSS - II



II


Furtivos seus olhos me catavam
entre vultos difusos sala em fora
A noite flutuava por suas horas
e olhos ardiam álcool e fumavam

Sustentávamos resistência de tentar-nos
e jogávamos toda nossa amarelinha
Eu de mim rematando os embaraços
seus compassos dançando-a sozinha

No durante eram sons que nos cercavam
distâncias de só-vulto-indecisões
Paulipasso ambos sós como o silêncio

E crescemos espaços ‘té tocar-nos
Ali noite somou-se continuada
ficando nós apenas Além nada


Irineu Volpato

26 de outubro de 2010

SONETOSS - I



I

Quanto me faltam mel e coisas mansas
aquele olhar-em-flor jeito-criança
Podaram-me outono ponta inverno
primavera excusou-me ser verão

Sobrei-me haste de tronco anodoado
malpecado chão onde plantaram-me
urdiram-me pedras e cal e espinhos
resina essa que suo em meus nós

Voz me quebra sempre que um afeto
trejeito me penhora reteimar
amar mesmo querendo in/saber

Um tronco nodoado quase medo
nas vezes que arremedo ser-me mel
borra-me um atiçar sempre de fel



Irineu Volpato

24 de outubro de 2010

VARIA VEREDA - XXVIII



XXVIII


Ela fez-se orvalhado algodão
com seu artefato enfunado
coração de piano afogado
particípio rosto de paixão

Trazia arco-íris na mão
e no riso cipós sincopados
estranjeira de sonhos cepados
navegava-se mel seu desvão

Ia além-meio-dia da vida
esmerando indoer-se vencida
nem tapera encalhar-se de espera

Delírio de lendas em liras
cavalgou pororocas mentiras
e morreu noitidão suas quimeras


Irineu Volpato

20 de outubro de 2010

VARIA VEREDA - XXVII



XXVII

Levava alma abrupta zanzeira
cambiada de durante extremidade
riso exponte de dócil feiticeira
banhava-se de ápice maldade

xucrada de ânsias e bondade
embestava-se tramas enredeiras
morgada de pium felicidade
- contrastes após de bebedeira

Envelheceu-se pêndula ao azar
concelebrando rindo o de chorar
bestalhada-se inteira quando a sorte

surtia luminando-lhe janela
contraste seus afetos e querelas
morreu mote da sida própria morte

 

Irineu Volpato


17 de outubro de 2010

VARIA VEREDA - XXVI



XXVI


Minha janela de olhares derrubados
decorava na noite suas estrelas
apalpando inventadas miudezas
nesse atlântico céu de desmanchados

E pássara inventava madresselvas
na relva pascentada do jardim
cansim vento vestido seu burel
decifrava aromas escanchados

Voz de linho banhada de jasmim
noite ia suas margens de caminho
embaciando luzes do desejo

Onde estariam fímbrias dos limites
e trâmites as etapas não vividas ?
Alma galopava sonho adejo


Irineu Volpato

15 de outubro de 2010

VARIA VEREDA - XXV



XXV


Não se achegue esse ar de pena e pecha
rosto barroco profeta-aleijadinho
velhas botas empoadas de caminhos
e voz macia de recitada endecha

Essa roupa de pastos devastados
olhar perdido de asperezas cordas
mosaico lascado em poídas bordas
durodenso de pródigo frustrado...

se escolheu avesso sonhos de se ir
descoitado respostas presumir
sendo e ido por águas e lugares

agora que perdeu seu sol de espera
volta bebendo o sépia das quimeras
na garupa palustre seus luares




Irineu Volpato

14 de outubro de 2010

VARIA VEREDA - XXIV



XXIV


Minha essência de múltiplo doado -
aos que catam um afago algum abraço
uma palavra terna ao ego untado
vou verberando sombras em meus passos

Este em-mim que um tempo foi ninguém
refrangalhos num pátio devastado
somado nós e cal na vida sem
mirra ou água que me ungisse calentado

perseguiu cobrar minha vereda
guardando geometrias incertas pedras -
ensinou-me que vida compartida

é uma durante sanga peregrina
e devolver canto à sururina
é consoar de cerne e causa a própria vida


Irineu Volpato

11 de outubro de 2010

VARIA VEREDA - 111197



111197



Pousou esta manhã luz à janela
em paz de mochilas descansadas
Mais um dia vadio de seqüela
rabiscado mãos lentas iteradas

Acordei-me ensaiado de cadência
somado de meus “entas” que se aguavam
o peito em bulício quase urgência
borbulhou sonhos que inda demoravam

Em durante uma vida sempre véspera
embora de solfejo solidão
essa manhã côr-açafrão e néspera
entumesceu-me seus consuteis nadas
e a bordo duma brisa angusto vão
penhou-me sonhos odes alvoradas


Irineu Volpato

7 de outubro de 2010

VARIA VEREDA - XXII




XXII


E havia um flamboaiã Já me esquecia
escondido permeio socavões
que se acordava a chilros das cigarras
devassado novembro de ternuras

E ardido seus recheios descosia
devaneios de abóbadas-florões
celebrando adeuses de fanfarras
em coral entornado rupturas

Colhia moleque aurora erotizada
seu conspícuo florame viridente
e dia ia a sangrar corpo de vento

Em tarde a matar-se dia cansado
flamboaiã galopado de poente
imensava suas cores de silêncio



Irineu Volpato

5 de outubro de 2010

VARIA VEREDA - XXI



XXI


O só desses silêncios que o cingia
-- de não perder o trote das palavras
mussitava com pedras com árvores
trauteava voz num canto que lembrava

Um cão benzeu-lhe gosto que perdia
cada dia acordar saber-se ser
ter junto mesmo um bicho o estorvando
nos quandos um olhar com que brigar

O mel e pão que campo lhe agraciava
corguinho que cortava gesto e som
já não monumentavam-lhe palavras


Cão - o cão ora voz que respondia
trazia ternuras seiva concebida
...a vida dês então novou velar


Irineu Volpato

1 de outubro de 2010

DE MARISA BUELONI PARA IRINEU



(Depois de ler o poema XXIX do livro "Sonetoss", de Irineu Volpato)



Bilac inspirou ralé de estrelas
Sonetoss e Irineu se esculpiram
Oh madrugada aparovante plena
Noites insones olhos não dormiram


Dormissem gente gato pato sonhos
Daqueles homens vagos sons fonemas
Andar caminho tropeçar tropeço
Versos incendiários dons poemas


Deus-esse Deus pensando adormecido
Por filho procurou embevecido
A Irineu beijou pudor de lado


Filho se esgarrara entre sonetoss
Sonetoss Irineu fogo e gravetos
Deus-esse Deus no céu apaixonado



Marisa Bueloni


Escritora, poeta, cronista, pedagoga

marisabueloni@ig.com.br

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