XXIV
Minha essência de múltiplo doado -
aos que catam um afago algum abraço
uma palavra terna ao ego untado
vou verberando sombras em meus passos
Este em-mim que um tempo foi ninguém
refrangalhos num pátio devastado
somado nós e cal na vida sem
mirra ou água que me ungisse calentado
perseguiu cobrar minha vereda
guardando geometrias incertas pedras -
ensinou-me que vida compartida
é uma durante sanga peregrina
e devolver canto à sururina
é consoar de cerne e causa a própria vida
Irineu Volpato
3 COMENTE AQUI:
soneto maravilhoso.... tem a profundidade com sabedoria e o toque especial da arte. Parabéns Irineu tens um lindo blog.
soneto maravilhoso.... tem a profundidade com sabedoria e o toque especial da arte. Parabéns Irineu tens um lindo blog.
Lindi seu soneto.
Arte e cultura, se conjugam nesses versos.
E sensibilidade Maior!
Maria Luísa
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