XXV
Não se achegue esse ar de pena e pecha
rosto barroco profeta-aleijadinho
velhas botas empoadas de caminhos
e voz macia de recitada endecha
Essa roupa de pastos devastados
olhar perdido de asperezas cordas
mosaico lascado em poídas bordas
durodenso de pródigo frustrado...
se escolheu avesso sonhos de se ir
descoitado respostas presumir
sendo e ido por águas e lugares
agora que perdeu seu sol de espera
volta bebendo o sépia das quimeras
na garupa palustre seus luares
Irineu Volpato
1 COMENTE AQUI:
Lindo seu poema!
Triste e lindo - como é possível?
É possível!
Ao poeta tudo é possível!
Mas ser feliz? Que diz?
Maria Luísa
Postar um comentário