XXXVIII
Manhã entre neblina e vento inverno
Cidade se estremunha olhos de sono
Metais-rodas se arrastam sobre asfalto
e saudades em papel rolam nas ruas
Esperanças em olhos mal-dormidos
cruzam passos d’esquina megalópolis
Sob teto de viaduto cinza-lixo
casal de ser mulambo olha a vida
escanchados em carrinho mal jambrado
ocando olhos de caça em circunstâncias
E sol arranha espaços entre nuvens
que navegam pejadas contra o dia
Outro dia apesar das penas agonias
outro afora pesar de espera emboras
Irineu Volpato
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Querido Poeta,
Outono logo quase inverno, sol despontando entre nuvens, cenas paisagens da vida - daí, daqui, de lás... de onde houver olhar sentido-observado por alguém como o artista - você!
Lembrança saudosa,
Safira
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