XXXVII
Vereda cansada pela noite empurro-me
de compasso tíbio em velho meu matungo
Lua esguelha espichando-me por sombras
Arrepio da noite brinca em meu chapéu
Paisagem de prata se dorme em macega
e sombras difusas se põem desconfiadas
Lá se vão mortificados meus cuidados
Que léguas se foram recém-me bivaque ?
Bocado na boca me sabe do último
café quase aguado dia acorda-me
Poldro tange-me exato escanchado
Por sombras somamos viés indo passar
Ah quanto é bom recontar-se de chegar
inda-inda que caminhos obriguem iterar
Irineu Volpato
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