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26 de dezembro de 2010

OS FOTOPOEMAS DE VOLPATO



Os Fotopoemas de Volpato



Carla Ceres (*)



Um leitor desavisado poderia imaginar que este livro contém um grande poema dividido em pequenas estrofes e, partindo desse engano, concluir que sua leitura é dificílima. Já vi isso acontecer. É com alívio que as pessoas descobrem que cada “estrofe” é um poema independente. O erro ocorre porque estamos acostumados a poemas com títulos, algo raro na obra de Irineu Volpato. Reparem que o título do livro é, na verdade, um poema sem título, como os demais neste álbum de fotopoemas.

Fotografrar com palavras, mais uma arte sobre a qual o poeta/fotógrafo Irineu Volpato demonstra domínio. Literatura e fotografia unem-se na criação dos pequenos poemas deste livro. O autor os chamou “motemas”, neologismo composto por “mote” e “poemas”. Ocorreu-lhe também o termo “lampoemas”, por serem “lampejos”, retratando instantes da mesma rapidez com que os flashes fotográficos capturam imagens: era uma rua velhada/duma cidade vencida/apropriada a fotógrafos .

Irineu Volpato é um excelente fotógrafo. Seus trabalhos estão longe dos meros instantâneos tirados sem elaboração técnica. O mesmo ocorre com seus poemas: sovai bem as palavras/que quando forem aplicadas/não se despojem/do que intentavas dizer. São breves linhas costurando a beleza do instante, porém utilizam recursos sofisticados. Neologismos inovações sintáticas recriam o ambiente rural e a fala caipira.

Alguns motemas assemelham-se ao haicai pela brevidade,por retratar a natureza simples enquanto mudam as estações do ano e por uma forma quase zen de elaborar a impermanência. Outros lembram minicontos: se mudou para Tungal/onde serra se empina/ali nasceram as meninas/e um filho que o fez pagar/os seus pecados na vida.

Neste livro a poesia inconfundível de Irineu ganha em subjetividade, apresenta-se mais compassiva, afetuosa, compreensiva. Os sofredores recebem carinhos acanhados de quem, acostumado à aspereza, procura vencer seus modos bruscos: ah – não fosse essas velhinhas/e suas rezas enredeiras/com seus dedos em nós dos terços/pra amansar os bofes de Deus... A aridez fica na paisagem e é digna de lástima quando se comunica às pessoas.

Quando terminamos a leitura, concluímos que, de certa forma, o livro talvez contenha um poema único: a história dum artista que teve uma infância feliz, mas sem mimos, em um ambiente rude, onde a sensibilidade se educou para perceber e revelar a alma alheia sem revelar-se a si mesma.



(*) Escritora e membro da Academia Piracicabana de Letras

21 de dezembro de 2010

PROMESSA É...



promessa é quando nossa alma

se enfeitiça de preguiça

e dispensa de lutar



Irineu Volpato

16 de dezembro de 2010

E A RUTILÂNCIA....



e a rutilância das risadas
 que só crianças conseguem desenhar...


Irineu Volpato

13 de dezembro de 2010

A LATEJAR NA ALMA E NA MENTE - CARTA DE ZANOTO (*)




A Latejar na Alma e na Mente – Zanoto (*)





“ Já pensou enganar sua pressa/e espreitá-la permitida-se irada/num se indo por becos e bibocas?”



Meu Caro Irineu Volpato, poeta previdente, irretocável, decidido a passar a vida nas sesmarias paulistas, que exercita um modo de poetar diferente, roseano, de toques saramagoanos, Virgília vivo, de pendores murilianos, intelectual de classe, colecionador dos problemas mais identificadores do poema sisudo e lírico e se tivesse nascido em Coimbra ou Angola seria paulista, quase que coloquei nesta crônica, como título os seus versos em epígrafe, ou, então, só “já pensou enganar sua pressa...” e a vida urbana se meteria por becos e bibocas. Eu adoro a vida urbana. E seguindo acaba de dizer P.H. Xavier, “você adora a vida rurale pastoral. Alberto Caeiro gostava decididamente da vida pastoral. Virgília também. E vou escrevendo... Aliás já houve quem dissesse que “ escrever o que quer que seja, deve ser feito com reflexão. E, meu caro Irineu, pouco tenho conseguido refletir nestes últimos tempos. Para mim me bastavam “os verdes vales do fim do mundo” descritos pelo Bivar.

Mesmo assim, ainda estou nos tempos de plantar e colher.

Estou em dúvidas e sobre a forma de arte sou pela prosa ou pela poesia.

....

Irineu, que bom que você tenha ficado feliz com a minha frase “Se me fosse possível, gostaria de ser o pico mais alto do Estado de Minas...” mais alto até que a Mantiqueira. E você disse: “nada como renovar o querosene do candeeiro depois dumas trancadas”. É verdade meu caro. “Inda bem que o mundo, algumas vezes nos propicia esses retornos da gente andar, ter tempo de lavar as roupas sujas”.



(*) Zanotto, editor da página Diversos Caminhos, no 2º Caderno do Jornal Sul de Minas, Varginha – MG

CARTA DE LARI FRANCESCHETTO


Carta de Lari Franceschetto (*)


Ilustre poeta, tenho aprendido muito através do seu “fazer poético”. Quem sabe um dia eu possa chegar perto de seu nível poético incomum, singular, maravilhoso.

É impossível ficar indiferente ao seu “fazer poético”. Você é i, dos poetas mais prazerosos de se ler na literatura Brasileira Contemporânea – sem demagogia.


 
(*) Poeta, editor e apresentador de rádio em Veranópolis – RS. Um dos mais abiscoitadores de prêmios nos concursos nacionais de poesia.


9 de dezembro de 2010

ESSA CONSTÂNCIA....




Essa constância
que nós somos
no tato, nos olhos,
em presenca
nos funde de tal modo
que um dia
além do impossível
conseguiremos ser
somada felicidade.


Irineu Volpato

8 de dezembro de 2010

COM A BOCA...



Com a boca em fogo inteira,
com o peito a estourar,
coracäo muitos pedacos
e o brio a espumar,
ter que ouvir, ter que aceitar
que engulir e que azeitar...
Ah essa vida, esse emprego,
quando irá se acabar?
Ando magoado, sofrido
mal quebrado, malsofrido
contando o tempo contar.



Irineu Volpato

7 de dezembro de 2010

ESSA MENINA...




Essa menina,
que ainda tem brilho nos olhos,
depois de passar a vida
numa saudade sentida,
hoje vai recomecar.
Que ficou lá dentro um travo
desse cravo, isso ficou,
desse alguém que hoje volta
a bater em sua porta.
Ela recebe e sorri.
Mas onde a coragem
de dizer sim ou näo
e repetir a bobagem
que amassou seu coracäo?



Irineu Volpato

2 de dezembro de 2010

QUANTO TEMPO...



quanto tempo passamos rabiscando a vida

sem um esboço quase de emendar


Irineu Volpato

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