Foto de IrineuVolpato |
Vai a noite morrendo. Madrugada.
Cantam ao longe galos nos poleiros,
a cidade desperta nos outeiros
e álacre pipila a passarada.
Ao longe nas colinas, compasssada
sobe a aurora cuspida de luzeiros,
a compasso dos bandos cantarreiros
a ritmo dos sinos da alvorada.
As árvores debruçam-se em espelho
das barrentas águas do Rio Pardo.
Borra-se madrugada de vermelho.
Quando as últimas gotas pelos cardos
tombam em convulsões de orgia e festa
a São José desperta lenta e lesta.
Irineu Volpato
2 COMENTE AQUI:
Obrigada pela visita no meu Blog.Vim conhecer o seu.Lindo seu poema.Admirei a maneira clássica e rimada de escrever.Parabéns! pelo Post.Lindo.Vim, gostei e voltarei sempre.Forte abraço Eloah
Tive de me socorrer ao dicionário depois, mas a polifonia, o seu ritmo é muito interessante. Parabéns!
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