Parati só de janelas
janelas tão quase portas
entremeadas por elas
Janelas feitas arcadas
ou retilíneas janelas
janelas jeito chapéus
despropositais janelas
afeiçoadas de pedras
mesmo de lenho arcadas
Cores de Parati
a se escorrerem em janelas
azuis de mar ali perto
marrons de longes terras
aquis pintam-se verde
coram-se outras amarelas
de rendas todas veladas
com vento sempre a varrê-las
mirando sem denunciar
ruas que vão por elas...
Janelas de Parati
Parati de suas janelas
(do livro Errâncias)
Irineu Volpato
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E depois de nos olharem, as janelas de Parati cerram os olhos e vão dormir.
Perdão, mas não consegui deixar de dizer...
Lindo texto, como sempre.
Um abraço, Irineu.
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